O tempo passa e cada vez mais vamos
ficando parados no tempo. Aquele futebol cinco vezes campeão do mundo já não
coloca mais o respeito que existiu. O 7 x 1 diante da Alemanha na Copa foi
somente o resultado de uma bagunça que vem acontecendo faz muito tempo.
Pouca gente no país tem interesse em fazer
um futebol forte e profissional, nem mesmo a CBF demonstra essa gana.
Os clubes estão engessados em estatutos,
modelos antigos de administração, e hoje em 2015 o futebol brasileiro
ainda é administrado como nos anos 70. Me lembro de ouvir que futebol ou soccer
não era coisa de americano, e hoje gostaria de ver a organização deles aqui.
Vejam o exemplo da Portuguesa, que já foi
respeitada, já foi o quinto grande clube de São Paulo, mas o seu modelo administrativo
fez com que ela chegasse ao fundo do poço. Um clube que se prejudicou pelo seu
modelo, apesar da bagunça feita pela CBF, que também não demonstra organização nenhuma nos critérios. É tudo uma grande bagunça.
Não digo que os outros grandes façam um
grande trabalho, muito pelo contrário, digo que fazem o menos pior.
Esse modelo vai matando os clubes, mata as
categorias de base e gera safras cada vez mais ruins. Tudo isso é resultado de
um processo. No Brasil existem milhares e milhares de profissionais capacitados
se desenvolvendo na área do esporte, do marketing, em várias modalidades para
profissionalizar o futebol. Mas será que isso é interessante? Creio que exista
uma “não profissionalização” proposital no futebol brasileiro. Os estatutos dos
clubes hoje dão privilégios para pessoas que muitas vezes não são do ramo, e os
capazes não conseguem entrar na rodinha, ficando assim muitas vezes na mão de
quem não conhece. Eles não querem mesmo a profissionalização, que pode causar o
fim do status que possuem de dirigente de futebol.
Por isso vemos as grandes arenas
construídas com pouca utilidade, poucas ações. Por isso os clubes ainda
enxergam os lucros do futebol como apenas venda de jogadores, bilheterias
e televisão, pois não sabem muitas vezes o que é marketing, venda de camisas,
produtos licenciados, o uso de arenas para outros meios lucrativos, etc.
Ainda não conseguiram enxergar que o
espetáculo não pode vender mais somente o produto futebol e isso vai tirando
público do esporte. É preciso criar atrações, o torcedor quer relacionamento,
quer experiências, coisas que já acontecem no basquete americano por décadas.
Precisamos usar esse modelo ou vamos perder espaço para as novelas mexicanas.
No dia em que o torcedor for ao jogo do seu time e o produto for uma porcaria,
ele precisa ao menos voltar com outra experiência boa para casa, e isso os nossos
dirigentes não perceberam.
A CBF também não demonstra muito interesse
na melhoria dos clubes, calendários, e os campeonatos vão perdendo a graça.
Vejam o exemplo do Campeonato Paulista que
já foi um grande campeonato e hoje lembra mais um campeonato da várzea, é muito
ruim, é péssimo.
É preciso acordar, o futebol brasileiro
está defasado. Muitos clubes falindo, a televisão dá privilégio somente para
alguns e está matando o resto. Talvez a criação de uma liga seja a melhor
maneira de solucionar o problema, mas não é garantia. É preciso a mudança de
muitos profissionais ou pelo menos da mentalidade de quem está no meio. Os
verdadeiros profissionais precisam urgentemente entrar no meio. Os clubes
precisam soltar as amarras dos estatutos e administrarem os clubes como
empresas. As pessoas precisam demonstrar resultado.
Os nossos técnicos que se revezam de seis
em seis meses pelos clubes do Brasil precisam urgente de uma reciclagem.
Precisamos sim trazer treinadores de fora com novos conceitos.
Muitas vezes penso, será que é tão
difícil, está tudo pronto, é só copiar.
Não é atoa que as crianças de hoje começam
a torcer pelo Barcelona, Real Madrid, equipes da europa, onde o futebol passa
uma outra imagem, um outro mundo para eles.NÃO É PRECISO INVENTAR NADA, É SÓ COPIAR. ESTÁ TUDO PRONTO, MAS COPIEM!!!
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